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31 de janeiro de 2009

Fórum de Davos convida Raúl Castro para reunião no Rio


O Fórum Econômico Mundial convidou o presidente cubano Raúl Castro para reunião latino-americana marcada para abril no Rio de Janeiro. O convite, estendido a outras personalidades de Cuba, é justificado, segundo funcionários do Fórum, que acontece em Davos, na Suíça, pelo que o país representa em termos de oportunidades de negócios, inclusive exploração de hidrocarbonetos, e por seu desenvolvimento social. "Há um interesse empresarial no mercado cubano", disse Emílio Lozoya, diretor do Fórum para a América Latina.

O Índice de Desenvolvimento Humano de Cuba é superior ao de muitos países latino-americanos, acrescentou Lozoya. A reunião latino-americana do Fórum Econômico Mundial é realizada anualmente, em abril. A do ano passado ocorreu em Cancún, no México.

Fórum Social Mundial


Participantes do Fórum Social Mundial 2009 que é realizado na capital do Pará e segue até o próximo domingo (1º)

Manifestantes protestam contra Fórum Econômico Mundial


Centenas de pessoas protestaram em Genebra e em Davos neste sábado contra o Fórum Econômico Mundial, dizendo que a elite que se juntou ali para a reunião anual não é qualificada para resolver os problemas do mundo.

Carregando faixas que diziam "Vocês são a crise", e jogando bolas de neve, centenas de manifestantes marcharam em direção às cercas que envolvem o fortemente protegido resort de ski Hotel Seehof, em Davos, onde muitos dos líderes globais e empresários ficam durante o fórum.

O manifestante Alex Heideger, membro do Partido Verde de Davos, disse que essas eram as pessoas culpadas pela bagunça econômica.

"São as mesmas pessoas que vieram no ano passado e disseram que a situação econômica estava boa, e agora estamos em meio a uma crise financeira. Agora é o contribuinte que tem de resolver todo o problema."

"São pessoas como eu e você que têm de pagar por isso com o dinheiro de nossos impostos."

Em Genebra, sede do Fórum Econômico Mundial, policiais jogaram gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar uma multidão que se reuniu em uma praça próxima à estação de trem, fazendo com que as pessoas corressem em várias direções. Testemunhas disseram que não parecia haver nenhuma violência por parte dos manifestantes.

O protesto nas ruas geralmente calmas da cidade não foram autorizados formalmente pelas autoridades

Gilmarzão pensa que governa o Brasil


Ao visitar ontem o presídio Vicente Piragibe, no Complexo Penitenciário de Bangu (zona oeste do Rio), o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Federal e do Conselho Nacional de Justiça, anunciou que já iniciou os entendimentos com o diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa, para a criação do "inquérito virtual", totalmente informatizado e sem papel. Mendes acha que o primeiro passo será informatizar os processos das varas de execução penal de forma a acompanhar pelo sistema o cumprimento das sentenças para "seja cumprida a Constituição e os apenados cumpram a pena devida sem um dia a mais".

Ao participar do encerramento do mutirão carcerário na penitenciária, Mendes se transformou no primeiro ministro da mais alta corte federal a entrar no complexo de Bangu. No Vicente Piragibe, os presos estão no regime semiaberto e são ligados à facção criminosa Comando Vermelho. Por este mutirão, de um total de 1.395 processos analisados foram deferidos 473 benefícios, entre visitas periódicas ao lar (90), regime aberto (98) ou semiaberto (8), livramento condicional (183), indultos (9), entre outros benefícios.

O ministro só não quis falar sobre a vaga que será aberta no presídio da Papuda, em Brasília, onde se encontra recolhido o italiano Cesar Battisti cuja extradição está sendo pedida pelo governo da Itália. A vaga do ex-militante político será aberta por sua extradição ou por sua libertação. O presidente do Supremo esquivou-se. "Vamos aguardar o processo ser levado a julgamento pelo relator ministro Cesar Veloso", afirmou Mendes.

Que coisa feia!


Uma campanha publicitária da Relish, uma rede de roupas femininas da Itália, revoltou as autoridades municipais e estaduais do Rio. Espalhadas em outdoors pelas cidades de Milão, Bolonha e Nápoles, as imagens mostram modelos aparentemente estrangeiras sendo abordadas e revistadas de forma abusiva e agressiva por policiais militares fardados. Em uma das fotos, na Praia de Ipanema, um PM com a farda do 22º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do complexo da Maré, na zona norte, coloca a mão por baixo da saia da modelo.

Em nota, o secretário Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, repudiou a propaganda e informou que enviará à embaixada italiana um pedido de retirada imediata da propaganda das ruas. "Esse tipo de publicidade desrespeita não só a corporação da Polícia Militar como compromete a imagem do Rio de Janeiro e a dos próprios cariocas. É lamentável que fatos desrespeitosos e preconceituosos como esses ainda ocorram em pleno século XXI", afirma o secretário na nota. Apesar da semelhança, a PM informou que a farda não é oficial, mas garantiu que investigará o caso.


As fotos também ilustram o site da Relish. Apesar de na vida real o patrulhamento da orla de Ipanema ficar a cargo do 23º BPM do Leblon, na propaganda da loja policiais do 22º BPM abordam e prendem as duas italianas após o carro em que elas viajam enguiçar na orla. Em uma das fotos, um PM imobiliza a mulher no chão enquanto ao fundo outro policial segura a outra pelo pescoço. "A campanha é de mau gosto sob vários aspectos. É machista e reforça a associação perversa entre sexo e violência. Mas não é nem a primeira nem a última campanha publicitária a se valer desses elementos", afirmou a socióloga da Fundação Getúlio Varas, Bianca Freire Medeiros, autora do livro "O Rio de Janeiro que Hollywood inventou". No entanto, ela ressalta que a imagem do Rio que circula no mercado turístico global combina elementos sintetizados na propaganda italiana.


"Somos um paraíso tropical, mas também somos o lugar do risco e da violência. Gostemos ou não, precisamos admitir nosso quinhão de responsabilidade na produção e circulação dessa imagem de um Rio corrupto e violento".