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5 de março de 2009

Salário médio feminino caiu em SP em 2009


Apesar da presença das mulheres no mercado de trabalho ter crescido 56,4% em 2008, os salários das trabalhadoras não seguem o preceito estabelecido pela Constituição Federal que reza a igualdade salarial.

Na região metropolitana de São Paulo, o rendimento médio por hora das mulheres caiu 0,9% no ano passado, enquanto o dos homens aumentou 1%, conforme divulgou ontem a pesquisa Mulher e Trabalho, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados de São Paulo (Seade).

Segundo o estudo, a média da hora das mulheres era de R$ 5,76 em 2008. "O aumento do salário mínimo não foi suficiente para aumentar a média salarial porque, em alguns setores, os salários caíram", explica a socióloga Marcia Guerra, da Seade.

As trabalhadoras de serviços domésticos foram as únicas que tiveram aumento: em 2007, a hora média passou de R$ 3,15 e, em 2008, subiu para R$ 3,26.

"As diferenças salariais entre homens e mulheres existem, as que sofrem menos com isso são as funcionárias públicas, cujos salários normalmente são iguais", diz a coordenadora de pesquisa e emprego e desemprego do Dieese, Patrícia Lino Costa. O estudo apontou ainda que mulheres que têm filhos pequenos representam a taxa de desemprego mais elevada: 23,1%.

Emprego com creche

A estudante de direito Adriana Mazagão conta que seu filho teve que morar com sua mãe no interior para que ela pudesse trabalhar. "Quando falava a idade do meu filho, já era descartada na entrevista de emprego". A solução para voltar ao mercado foi mandar o pequeno Tiago, então com um ano, para casa de sua mãe no interior. "Eu ia visitá-lo aos finais de semana. Só consegui trazê-lo de volta para minha casa quando arrumei um emprego que tinha uma creche."

Marcia Guerra, da Seade, alerta para criação de políticas públicas para que as mulheres consigam trabalhar. "É preciso criar mais vagas em creches e escolas para que as mães consigam ir para o emprego", diz.

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