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20 de julho de 2009

Desvio para os caminhões

A Prefeitura de São Paulo anunciou que vai vetar a circulação de caminhões na avenida dos Bandeirantes. A medida deve entrar em vigor com a inauguração do trecho sul do Rodoanel, que vai ligar a rodovia Régis Bittencourt ao sistema Anchieta-Imigrantes. Por esta via vão os carregamentos até a Baixada Santista e o porto de Santos.

Além disso, a gestão Kassab estuda também restringir a circulação em parte da marginal Pinheiros durante o dia. Atualmente, o trânsito dos caminhões é proibida das 5h às 21h em uma área de 100 km2 do centro expandido. Os veículos pesados também precisam cumprir as mesmas regras de rodízio que valem para os carros.

Como o Rodoanel terá seis praças de pedágio, o temor da prefeitura era de que os caminhões continuassem a passar por dentro de São Paulo para evitar o pagamento. Isso colocaria em xeque o plano de reduzir a circulação de caminhões no centro expandido.

Não basta escantear os caminhões se essas novas vias não funcionarem bem. E sem atacar de verdade o velho problema do transporte coletivo --lotado e pouco eficiente. É preciso, ainda, rever outros pontos complicados, como a posição da Ceagesp. Não dá para ter um entreposto daquele tamanho em plena Vila Leopoldina. O custo para a cidade é muito alto.

16 de julho de 2009

Premonição


A governadora Yeda Crusius parece ter decidido aproveitar a onda de que tudo é “luta política” para dizer que a impressionante sequência de acusações contra o governo dela (e contra ela) é fruto de uma conspiração. A julgar pelos índices de popularidade da governadora, ela terá imensas dificuldades para convencer o eleitorado gaúcho disso.
A luta de Yeda é para terminar o mandato. Que se não fosse pelo PMDB (sempre ele!) já teria ido para o vinagre. Como aliás temiam líderes tucanos quando ela se elegeu

Rei das gozações

O Twitter do líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (foto), do PT-SP, virou desaguadouro das queixas de eleitores descontentes com o apoio da bancada petista ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). Na base da gozação, um internauta insinuou a existência de laços de parentesco entre Mercadante e Sarney por causa dos bigodes que ostentam.

15 de julho de 2009

Ideli reclama de exigências da oposição para votar LDO


A líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), reclamou das exigências que a oposição faz para votar hoje a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Ela avisou que o governo não abre mão da manutenção no texto da lei, da liberação dos duodécimos para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), caso o Orçamento de 2010 não seja aprovado até 31 de dezembro deste ano. Os oposicionistas querem que, no texto da LDO, fique mantida apenas a liberação dos duodécimos para o pagamento de pessoal e custeio da máquina pública federal.

Segundo a líder do governo, outra reivindicação dos oposicionistas é que os recursos do PAC sejam computados como gastos e abatidos do superávit primário. "Se todas as exigências da oposição forem atendidas é melhor ficar sem LDO", afirmou.

Além de mudanças no texto da LDO, a oposição também quer a instalação ainda hoje do Conselho de Ética do Senado, que ficará encarregado de analisar representações por falta de decoro parlamentar contra o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP). O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que o conselho começará a funcionar hoje, com a eleição do presidente do órgão.

Na Câmara, a oposição exigiu a votação ainda hoje da medida provisória 460, que trata de incentivos à habitação popular (programa "Minha Casa, Minha Vida"). Os parlamentares só entrarão em recesso depois da aprovação da LDO.

13 de julho de 2009

"Michael tinha a palavra final em tudo"


"Último saxofonista a tocar com Michael Jackson", o brasileiro Miguel Gandelman, 26, filho do também músico Leo Gandelman, teve o "privilégio" de presenciar o astro dançando a música "Thriller" a "três passos" de distância. Aconteceu no começo de maio, em Los Angeles, onde Gandelman e sua banda, The Horne, faziam testes para compor o que deveria ser a "última turnê" do ídolo pop.

De Milwaukee, nos Estados Unidos -onde estava na quinta-feira para tocar com o grupo Jonas Brothers-, Gandelman falou por telefone à coluna.

FOLHA - Como foi tocar com Michael Jackson?

MIGUEL GANDELMAN - A banda foi disposta de forma que ele ficasse de frente pra gente. O cara estava a três passos de mim. A gente olhando nos olhos dele. [Vimos de perto] ele dançando, sorrindo, gritando e fazendo as "paradas" dele.
Tocamos "Thriller", "Jam", "The Way You Make me Feel", "Wanna Be Starting Something". Eu fui o último saxofonista a tocar com o Michael. Tive o privilégio de ter feito ele dançar com a minha música. Isso é uma coisa divina que eu vou guardar para o resto da minha vida.

FOLHA - Ele dava palpites no trabalho dos músicos?

GANDELMAN - O Michael era o cara que tinha a palavra final em tudo o que acontecia na produção. Ele dirigia a música inteira, do tom da guitarra ao "groove" (suingue) da bateria. Ele dizia: "O som não é esse, é mais assim, é mais assado". Ele era um dos artistas mais completos que eu já vi.

FOLHA - Ele aparentava que estava doente?

GANDELMAN - Ele estava com uma camiseta normal, branca, e com um jeans. Este negócio que diziam que ele tinha hematomas no braço... não tinha nada disso. A cara e a voz dele não tinham nada de diferente. Ele era um ser humano normal, um homem normal. Ele sempre foi uma pessoa magra, mas nada de "Ai, meu Deus, coitado desse cara".

FOLHA - Vocês notaram alguma bizarrice?

GANDELMAN - Ele era uma pessoa muito tímida, só isso. Mas você sentia a pureza, a "vibe", a aura, o quão puro o cara era. Ele era uma pessoa muito abençoada, uma pessoa divina.

FOLHA - Mesmo se ele não tivesse morrido, esta seria a última turnê?

GANDELMAN - Todos nós sabíamos. A gente sabia qual era o projeto. O diretor musical, Michael Bearden, queria fazer desta última turnê do Michael a maior, visual e musicalmente.

FOLHA - E o que os fãs vão deixar de ver?

GANDELMAN - Michael Jackson estava com todo um repertório novo de danças, que ninguém nunca tinha visto. A gente é amigo dos bailarinos que faziam parte da turnê. Eles disseram que ficaram chocadíssimos quando viram o Michael no ensaio fazendo novos movimentos e novas "sacações" de dança que ele nunca tinha feito.

11 de julho de 2009

Imoral


Tio Branquinho gosta de meninas – quanto mais novas, melhor. Ele mora na pequena Tefé, no interior do Amazonas, cidade de 65 000 habitantes esquecida no meio da selva, aonde só se chega de barco, numa aventura que se prolonga por quatro horas partindo de Manaus. Tio Branquinho, como é chamado pelas alunas da Escola Estadual Frei André da Costa, comunga de uma mentalidade tristemente comum nos estados do Norte e do Nordeste, a qual tolera, quando não incita, a iniciação sexual de meninas, sejam crianças ou adolescentes, por homens mais velhos. Todo mundo em Tefé conhece há anos os hábitos sexuais de Tio Branquinho. No Brasil, contudo, não importa em qual estado, fazer sexo com menores de idade chama-se pedofilia – e, embora não tenha esse nome nas leis do país, é crime, passível de prisão. Tio Branquinho, ou Antônio Carlos Branquinho, sabe bem disso. Ou deveria saber: ele é um homem da lei, juiz do Trabalho em Tefé. Deveria saber que não pode fazer sexo com meninas, muito menos, creia, nas dependências da Justiça em Tefé, como o Ministério Público Federal descobriu. Há duas semanas, o tempo fechou para Tio Branquinho. Ele foi preso pela Polícia Federal – numa demonstração de que a força dessa mentalidade não é mais a mesma. (informações da Veja)

Rumo a 2010


Propaganda eleitoral na internet

Permitida a partir de 5 de julho do ano da eleição nas páginas do candidato ou do partido, com endereço comunicado à Justiça Eleitoral, e hospedado em provedor no País

Pode ser feita por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação. Todas as mensagens deverão ter mecanismos de descadastramento
É autorizada por meio de blogs, redes sociais, sites de mensagens instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural

Poderão ser feitas doações de pessoas físicas - limitado a até 10% da renda bruta - pela internet

Vedação da propaganda na internet


Propaganda paga

Propaganda, mesmo que gratuita, em páginas de empresas, mesmo que sem fins lucrativos, oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da administração pública direta e indireta da União, Estados e municípios.

A multa para quem desobedecer vai de R$ 5 mil a R$ 30 mil

Proibições do uso da internet por empresas de comunicação social

Transmissão de imagens de realização de pesquisa ou qualquer consulta popular eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados - a partir de 1º de julho do ano da eleição

Trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito

Veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, e seus órgãos ou representantes

Dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação

Veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos


Direito de resposta

Os pedidos de direito de resposta e as representações por propaganda irregular na TV, rádio e internet terão preferência sobre os outros

Responsabilidade legal dos partidos políticos

A responsabilidade civil e trabalhista cabe ao órgão partidário que não cumpriu a obrigação, por exemplo, de pagar uma dívida, excluída a solidariedade legal da direção

Fundo Partidário

Os partidos poderão usar 50% do Fundo Partidário para pagar a folha de salários. Hoje, só podem fazer uso de 20% do total

Fichas-sujas

Candidatos que respondem a processo ou que tiveram contas rejeitadas por tribunais de contas podem concorrer

Quem não pode doar dinheiro para a campanha

Entidades esportivas, como a CBF, entidade ou governo estrangeiro, órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos provenientes do poder público, concessionário ou permissionário de serviço público, entidade de utilidade pública, de classe ou sindical, empresa sem fins lucrativos que receba recursos do exterior, entidades beneficentes e religiosas,

ONGs que recebam recursos públicos e Oscips

Proibição de propaganda

Outdoors, muros e tapumes, mesmo que particulares, e árvores e praças localizadas em áreas públicas

Debates

Poderão ser feitos com no mínimo dois terços dos candidatos e não mais com o total, como é hoje

Pré-campanha

Autorizadas antes do início da campanha - 5 de julho - as prévias, encontros em locais fechados e entrevistas como pré-candidato


Voto impresso

A partir de 2014 os votos terão também de ser impressos, mas apenas 2% passarão por auditoria?

Atos secretos esconderam aliados de Demóstenes


Dois atos secretos foram usados para esconder uma nomeação e uma exoneração de políticos ligados ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO), integrante do "grupo ético" que pede mudanças no Senado e o afastamento do presidente José Sarney (PMDB-AP). A mudança ocorreu em um órgão do Senado, o Interlegis, e contou com a ajuda do senador Efraim Morais (DEM-PB).

No dia 2 janeiro de 2007, o vereador de Bela Vista de Goiás Eliézer Borges (DEM) foi exonerado de um cargo de técnico administrativo no Interlegis, que promove integração entre legislativos do país. A vaga dá direito a um salário mensal de R$ 7.484,43.

No mesmo dia, foi nomeado para o lugar de Eliézer o ex-vereador João Vanderlei de Ávila (PSDB). Os atos constam no boletim administrativo suplementar 3632-S2. Assinado em 2007, o documento só veio a público em maio deste ano. Os atos secretos foram assinados pelo então presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL).

Demóstenes negou que tenha pedido os cargos a Renan. "Só falei com o Efraim. Tenho como provar que os dois trabalhavam. Não sou responsável por publicação de atos."

A Folha apurou que Eliézer pediu licença para trabalhar na campanha de Demóstenes ao governo de Goiás em 2006. O senador nega. Eliézer ficou no Interlegis de março de 2006 a janeiro de 2007. A corrida eleitoral foi entre julho e outubro.

Eliézer disse que atuou na campanha só nos fins de semana. Ele nunca teve residência fixa em Brasília. "Fui indicado pelo senador Demóstenes. Ficava em alguns hotéis, no apartamento do senador Demóstenes." João Vanderlei não quis comentar.

O diretor do Interlegis, Márcio Sampaio, afirmou que não conhece nem João Vanderlei nem Eliézer Borges. A assessoria de Demóstenes, porém, diz ter fotografias mostrando os dois em eventos no Interlegis.

Demóstenes pediu a Efraim contratação dos aliados porque ele era, à época, o primeiro-secretário do Senado. "Sim, ele me pediu. O pessoal dele fez um trabalho na área de informática", disse Efraim, que também já foi acusado de usar o Interlegis para nomear aliados.

O caso mais emblemático motivou a abertura de ação civil pública do Ministério Público Federal no Distrito Federal. Em caráter provisório, a Justiça Federal proibiu nomeações para cargos comissionados, mas não obrigou que os atuais funcionários fossem exonerados. De acordo com o Portal da Transparência do Senado, o Interlegis ainda mantém 13 funcionários comissionados. (ADRIANO CEOLIN)

9 de julho de 2009

Eu fico com Sarney


O governo não conseguiu convencer a bancada do PT no Senado a declarar apoio ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), acusado de beneficiar parentes e aliados por meio de atos secretos. Na quarta reunião para resolver o imbróglio, os senadores petistas reafirmaram a "sugestão" para Sarney se licenciar temporariamente, "num gesto de grandeza e de garantia à credibilidade das investigações", mas não moverão uma palha para tirá-lo do cargo, admitindo que o afastamento é uma decisão unilateral. Foi, na prática, uma tentativa de marcar posição, seis dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter atuado com mão de ferro para enquadrar a bancada.

A "saída" encontrada pelo PT para o impasse alimentou o "fora, Sarney" no plenário. Depois que o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder da bancada, leu, diante de Sarney, a nota aprovada na reunião, parlamentares como Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Eduardo Suplicy (PT-SP) voltaram pedir a licença do presidente do Senado.

Embora quisessem que o PT declarasse o apoio a Sarney, Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - pré-candidata do partido ao Planalto - não foram surpreendidos com a decisão. Informado da resistência, o governo trabalhou, nos últimos dias, para construir a solução menos traumática. A preocupação de Lula é não provocar Sarney nem o PMDB. Não sem motivo: o Planalto precisa do partido não só para sustentar a candidatura Dilma em 2010, como para tirá-lo de enrascadas, como a CPI da Petrobrás.

"A nota do PT não prega a saída do Sarney. O texto fala de gregos e troianos, passando por espartanos, atenienses e persas", ironizou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). "Trabalhamos no mundo real e compreendemos que foi o texto possível." O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), criticou duramente a posição dos senadores de seu partido. "Produziram uma nota com vocação arqueológica, defasada no tempo", atacou Berzoini.

"O PT defende a permanência de Sarney à frente da Casa e em hipótese alguma trabalhará por seu afastamento. Pedir isso é o mesmo que propor um golpe." Contrariado com os companheiros do Senado, Berzoini fez questão de destacar que os deputados do PT estão "totalmente alinhados" com a posição de Lula, "ao contrário da bancada do Senado, que tem abordagens transversais, intersetoriais e holísticas".

Sem se importar com as estocadas, Mercadante afirmou que há "interpretações equivocadas" sobre a decisão dos senadores. "Formalizamos por escrito o que já dissemos várias vezes: a bancada defende o afastamento temporário

Nem tudo está liberado


A Câmara aprovou ontem a reforma eleitoral e liberou a propaganda na internet, em portal do partido ou do candidato, nas páginas de relacionamento da rede, como Orkut e Twitter, em blogs e por meio de mensagens eletrônicas. Autorizou também a pré-campanha para prévias, reuniões fechadas e entrevistas em que a pessoa pode se anunciar como candidata.

O projeto será agora votado no Senado e, se aprovado até o mês de setembro, valerá para as eleições de 2010. Pelo texto votado ontem, os debates no rádio e na TV - agora também na internet - para governador, senador e presidente da República, que são os cargos majoritários, poderão ocorrer com a presença de dois terços dos candidatos, caindo a obrigatoriedade de comparecimento de todos eles, como ocorre atualmente. A exigência inviabilizava muitos debates, visto que candidatos de partidos nanicos às vezes discordavam das regras só para impedir a sua realização.

No embate em plenário, o PSDB e o DEM abriram vantagem sobre o PT e os partidos aliados. Eles conseguiram aprovar emenda que derrubou a blindagem dada aos candidatos, para impedir o uso de imagem e voz de adversários no programa. Com a emenda, tudo o que os adversários falaram ou prometeram poderá ser usado no programa do oponente.

Para os defensores da proposta, como o líder do PSDB, José Aníbal (SP), a permissão para uso da imagem e voz de adversários nos programas eleitorais vai permitir o bom combate e desmascarar promessas vãs. Os oposicionistas pretendem exibir imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizendo que a crise mundial era apenas uma "marolinha". O PT não queria isso. As trucagens e montagem que prejudicam os candidatos, porém, ficam proibidas.

Se a liberação da propaganda na internet foi total, no que se relaciona com os partidos, os candidatos e pessoas físicas, houve uma proibição do uso desse instrumento quanto a empresas ou órgãos da administração direta e indireta da União, de Estados e municípios. A multa por desobediência à determinação vai de R$ 5 mil a R$ 30 mil.

Será permitido o uso da internet para a doação de valores para as campanhas por pessoa física, limitada a 10% da renda bruta anual.Veículos e imóveis que forem emprestados a um candidato não poderão ter valor superior a R$ 50 mil.

Os líderes também aproveitaram a lei para se proteger. Pelo texto aprovado, a responsabilidade legal - até mesmo civil e trabalhista - cabe exclusivamente ao Diretório Nacional, Estadual ou Municipal que tiver violado o direito de alguém. Em caso de não pagamento, as despesas não poderão ser cobradas judicialmente dos órgãos superiores dos partidos. Se houver uma decisão pela penhora, o bem a ser arrestado será da instância partidária que contraiu a dívida não paga.

Essa mudança interessou especialmente ao PT, encalacrado em dívidas de mais de R$ 40 milhões desde o escândalo do mensalão, em que o Diretório Nacional se endividou para distribuir dinheiro para as instâncias estaduais e municipais. Os partidos poderão usar 50% do Fundo Partidário para pagar pessoal. Atualmente só dispõem de 20% desse dinheiro.

AGRESSÕES

O direito de resposta para quem se sentir agredido, em qualquer meio, terá prioridade sobre os demais processos em exame pela Justiça Eleitoral. A propaganda nos jornais impressos poderá ser feita por, no máximo, dez inserções de anúncios em cada veículo, devendo constar obrigatoriamente quanto custou a compra daquele espaço.

Como os principais jornais reproduzem as suas páginas na internet, a propaganda que aparece nas páginas impressas poderá ser reproduzida nesse meio. Mas ninguém pode comprar espaço em sites.

Os partidos de esquerda, como o PSOL, por exemplo, foram derrotados na tentativa de restabelecer a propaganda em muros. Pelo projeto, não será permitido colocar propaganda eleitoral em árvores e jardins em áreas públicas, muros, cercas e tapumes divisórios.

Estão liberados para a divulgação de propaganda eleitoral cavaletes, bonecos, cartazes, mesas para distribuição de material de campanha e bandeiras ao longo das vias públicas. Os trios elétricos continuam proibidos, exceto para sonorizar comícios. Os showmícios seguem também proibidos.

Pelo projeto, o eleitor terá de exibir documento com foto para votar. A partir de 2014, os votos eletrônicos serão impressos e poderão ser conferidos. Do total de votos, 2% serão auditados.

Emenda do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) aprovada à noite permite a eleitor em trânsito votar em urnas especiais nas capitais, mas só para presidente e vice.

8 de julho de 2009

Mordomia: a estranha ética de Arthur Virgílio

Na segunda-feira 29, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) subiu à tribuna do Senado para responder às denúncias publicadas por ISTOÉ. Durante três horas e 20 minutos, fez um dos discursos mais longos da história da Casa. Mas tudo não passou de pura retórica. Sem nenhum documento, Virgílio esbravejou ao vento. Ele não rebateu as acusações e confirmou com mais detalhes os fatos trazidos à tona. Na verdade, o senador autoincriminou-se. A partir de seu relato inflamado, ficou claro que o líder do PSDB no Senado infringiu os artigos do Código de Ética que preveem sanções para casos de abuso de prerrogativa e obtenção de vantagens indevidas e doações.

E mais: ao reconhecer os pecados cometidos no exercício do mandato, o senador demonstrou que, embora seja severo na hora de julgar adversários políticos, costuma adotar padrões éticos bem mais elásticos em relação às próprias atitudes.

Segundo reportagem de ISTOÉ, Virgílio manteve um servidor fantasma lotado em seu gabinete. No discurso, o senador, visivelmente alterado, admitiu que errou ao manter na folha de pagamento do Senado Carlos Alberto Nina Neto, filho do amigo e seu subchefe de gabinete, Carlos Homero Nina, mesmo quando ele resolveu estudar no Exterior. Nina Neto foi contratado em 21 de maio de 2003 como assistente técnico, com salário de cerca de R$ 10 mil. Em 2005, entre maio e julho, foi para Barcelona para um mestrado e continuou recebendo salário. Depois, passou mais de um ano fora, entre outubro de 2006 e novembro de 2007, fazendo pós-graduação. De volta ao Brasil, continuou no gabinete de Virgílio até ser exonerado em 22 de outubro de 2008. "Esse é um equívoco do qual me penitencio, um erro pelo qual mereço ser, sim, criticado", resignou-se. De acordo com o tucano, Carlos Homero chegou a aconselhar que ele pedisse à Mesa Diretora para "dar autorização" e ainda "pagar as diárias" do filho. Virgílio achou que as diárias "eram demais", mas por conta própria decidiu pagar os salários, "sem a noção clara do pecado".


DÍVIDA Segundo o tucano, amigos o ajudaram a pagar Agaciel Maia
O pecado que Virgílio cometeu está tipificado no artigo 5º do Código de Ética do Senado como abuso de prerrogativa. Não por acaso, dois dias depois, na quarta-feira 1º, ele anunciou que venderá imóveis da família para ressarcir o Senado pelo que pagou indevidamente, durante quase dois anos, ao ex-servidor do seu gabinete. "Era dinheiro da Nação brasileira que não poderia ter sido usado dessa forma", admitiu em novo discurso, mais cauteloso e comedido.

"Era dinheiro da Nação brasileira que não poderia ter sido usado dessa forma"

Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado

Não foi um súbito ato de arrependimento que o fez lançar mão dos bens de família. O senador, na prática, usou um expediente bastante conhecido.

Com a decisão de repor o prejuízo do Tesouro, antecipou-se à ameaça de ser alvo de uma representação do PMDB no Conselho de Ética. Ou seja, mais uma vez lançou mão de seu estranho conceito de ética.

Os discursos de Virgílio mudam ao sabor da hora. Há algum tempo ameaçou, na mesma tribuna do Senado, dar uma surra no presidente da República porque ele e sua família estariam sendo investigados a mando do PT. Meses depois, viajou ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no avião presidencial. Seu padrão ético também é volúvel. Virgílio não titubeou ao recorrrer, por meio de Homero Nina, ao então diretor-geral do Senado Agaciel Maia, para resolver uma emergência de caixa. Conseguiu, num domingo, um empréstimo de US$ 10 mil. O dinheiro, revelou ISTOÉ, serviu para liberar seu cartão de crédito, que estava bloqueado durante viagem com a família a Paris. Candidamente, como se nada tivesse acontecido, admitiu na tribuna que três amigos se cotizaram para pagar a dívida por ele. "Carlos Homero me disse que havia resolvido isso (os R$ 10 mil) via Agaciel. E perguntei: 'Mas, escute, não quero ficar com dívida nas mãos desse sujeito'", disse Virgílio. Argumentou também que não recebeu US$ 10 mil, mas sim R$ 10 mil. Ou seja, pelos seus curiosos padrões, jamais receberia "desse sujeito" US$ 10 mil. Mas aceitou de bom grado R$ 10 mil. Trata-se, portanto, de uma ética que leva em conta o câmbio. Será que o senador, também nesse caso, não tinha "noção clara do pecado"? Afinal, foi pela suspeita de que um de seus colegas, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria tido despesas pagas por terceiros que o tucano defendia a cassação do então presidente do Senado.

Outra denúncia de ISTOÉ que Virgílio não contestou em plenário foi a de que sua mãe, falecida em 2006, vítima de Alzheimer, teve as despesas médicas no valor de R$ 723 mil custeadas pelo Senado, quando o permitido pelo regimento interno era um ressarcimento de até R$ 30 mil por ano. Em seu discurso, ele preferiu jogar a responsabilidade pela autorização do pagamento nas costas de Agaciel. Disse que sua mãe não era sua dependente, mas de seu pai, o ex-senador Arthur Virgílio Filho. E anunciou que pediria informações à Mesa para saber se houve autorização para gastos acima do limite. "Esse homem (Agaciel), até quando me acusa, não consegue fugir de dizer que praticou uma ilegalidade. Se liberou tratamento que não deveria ter liberado, ressarcimento que não deveria, da minha mãe, praticou uma ilegalidade. Ou seja, quer me transformar em seu cúmplice ou transformar meu pai, falecido, em seu cúmplice", disse. Mas estranhamente só protestou depois que o fato veio a público. IstoÉ

7 de julho de 2009

Fãs e astros dão adeus a Michael Jackson em Los Angeles




Em sua primeira declaração pública, a filha de Michael Jackson, Paris Michael Katherine Jackson, de 11 anos, foi às lágrimas ao falar sobre o seu pai diante de um público de cerca de 18 mil fãs, amigos, representantes da música pop, estrelas do esporte e líderes religiosos e dos direitos civis que participaram da cerimônia de adeus ao cantor nesta terça-feira (7), em Los Angeles.

"Só queria dizer que, desde que eu nasci, o papai foi o melhor pai que eu poderia imaginar. Só queria dizer que eu te amo tanto", disse a garota, chorando muito e em uma das até agora raras aparições públicas sem o véu que o pai obrigava os filhos a usar. Dividindo o palco com irmãos de Jackson, ela foi abraçada e confortada por Janet Jackson.

Os irmãos de Jackson carregaram o caixão do cantor, parte dourado e coberto por rosas, até o interior da arena esportiva Staples Center. Milhares de pessoas que não conseguiram o ingresso (sorteado pela internet) para o funeral público ficaram do lado de fora, embora o número tenha sido bem menor ao de 250 mil pessoas que foi previsto pela polícia da cidade. Muitos dançaram e cantaram sucessos de Michael Jackson.

Um grupo gospel começou a despedida com o coro de "Nós vamos ver o rei" e um clipe mostrou cenas da carreira e performances, como a de "Ben". Mariah Carey lembrou o sucesso "I'll be there", do período em que o cantor era dos Jackson 5. Jennifer Hudson, Stevie Wonder, John Mayer, além do irmão Jermaine Jackson, também fizeram homenagens musicais ao astro pop. Usher cantou "Gone too soon" (algo como uma "partida muito cedo").

Smokey Robinson, um dos maiores nomes da soul music, leu mensagens da cantora Diana Ross e do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. "Michael foi o maior astro do planeta", disse a cantora e atriz Queen Latifah. Magic Johnson e Kobe Bryant, jogador do Los Angeles Lakers, leram também discursos para lembrar o astro.

Berry Gordy, fundador da lendária Motown, a primeira gravadora de Michael Jackson, deu uma das declarações mais fortes da cerimônia. "Quanto mais eu penso em Michael e falo sobre Michael eu acho que 'rei do pop' não é suficiente. Eu acho que ele foi simplesmente o maior artista que já existiu."

Na manhã desta terça, familiares e amigos próximos de Michael Jackson, estiveram em uma cerimônia íntima no Memorial Park, nas colinas de Hollywood. O cantor morreu no último dia 25 de junho após sofrer uma parada cardíaca e ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center, em Los Angeles. Ele não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa e deu entrada no hospital em estado de coma.

A polícia de Los Angeles fez diversas barreiras para organizar o show de despedida. À agência Reuters um dos fãs que conseguiram ingresso no sorteio via internet comparou a cerimônia à de outros grandes astros da história. "Esta é certamente uma ocasião grandiosa de dimensões iguais, se não maiores, do que a morte de Elvis Presley", afirmou Steve Howard, que veio da cidade de Glendale, na Califórnia.

Segundo o porta-voz do município de Los Angeles, os custos com o esquema de segurança para a homenagem são estimados entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões.

Debbie Rowe, mãe de dois dos filhos de Michael Jackson, e a amiga Elizabeth Taylor, não participaram da despedida. A última declarou que o evento era um "circo".

3 de julho de 2009

Querem podar a internet


Pode o Estado interferir no que fazemos — ou deixamos de fazer — na internet? Não. Esse universo é, por princípio, anárquico e libertário. Claro que, historicamente, em nome da liberdade já foram cometidos vários crimes. Mas não adianta tirar o sofá da sala para evitar uma traição, como quer o deputado Bispo Gê Tenura, do DEM paulista. Ele pretende aprovar uma lei para punir quem faz download ou compartilha arquivos, principalmente musicais, na rede mundial de computadores. O caminho, porém, é tortuoso.

Principalmente porque o mundo digital ainda não foi dissecado o suficiente para entendermos até onde devemos ir. Não se pode, por exemplo, sancionar uma lei sem antes debater à exaustão alguns direitos do cidadão; no caso específico, o direito à privacidade. Para proibir que o usuário baixe conteúdo na rede, os provedores de acesso teriam que vigiar o que as pessoas acessam, colocando em xeque um bem caro. Afinal, o que faço na internet é problema meu, não é? É assim que pensamos — e é assim que deve ser. O www.correiobraziliense.com.br perguntou esta semana se os leitores/internautas concordavam com as punições. O resultado: 92% dizem que não. Em hipótese alguma podemos sequer insinuar que essa esmagadora maioria seja de pessoas que cometem algum crime — ou mesmo fazem apologia dele.

Também não adianta alegar que é por defesas de teses anárquicas como essa que a pedofilia prolifera. Esse tipo de crime acontece nas casas, não nos computadores. É certo que as máquinas disseminam o conteúdo, mas certamente as crianças foram molestadas antes — e já há lei prevendo punições para seus autores. É ingenuidade “virtualizar” crimes reais… Por exemplo: não dá para classificar o golpe de phishing (induzir alguém a clicar num site falso para roubar senhas de bancos) como algo mais grave, e consequentemente com pena superior, do que um crime praticado na porta de um banco contra um incauto aposentado.

Além do mais, antes de se partir para o uso das forças policiais e de repressão é importante criar-se regulações, coisa que o projeto de Tenura e outros em tramitação no Congresso não contemplam — ou o fazem parcialmente.

Privatizado por tucanos, Speedy volta a apresentar problemas


O Speedy, serviço de banda larga da Telefônica, empresa que foi privatizada por Fernando Henrique Cardoso, voltou a apresentar problemas, pouco mais de uma semana após ter a venda de novas assinaturas proibida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ontem, vários usuários reclamaram de dificuldades para navegar na internet. Em nota, a Telefônica creditou o problema a uma "instabilidade em parte da infraestrutura de rede que dá suporte ao acesso à internet".

A Anatel informou ontem que ainda vai avaliar o impacto desse novo problema. Atualmente, a agência analisa o plano de ações apresentado pelo presidente da operadora, Antonio Carlos Valente, no dia 26 de junho, com o objetivo de melhorar a qualidade do Speedy. O documento foi entregue depois que a Anatel proibiu a venda de novas assinaturas de banda larga a partir de 23 de junho, por causa da instabilidade do serviço. A garantia da qualidade é a condição exigida pela Anatel para liberar novamente a venda de novas assinaturas.

A Telefônica informou que o problema de ontem não afeta a implementação das medidas contidas no plano de ações entregue à Anatel e que direcionou equipes técnicas para resolver o problema e melhorar a qualidade do serviço para seus 2,6 milhões de clientes. Segundo a empresa, o plano de ações contempla a readequação da rede, o aumento de segurança e medidas que assegurem o escoamento do tráfego de informações.

Coincidentemente, o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo encaminhou ontem uma recomendação à operadora e à Anatel, pedindo que o cliente do Speedy não pague a multa de fidelidade quando rescindir o contrato. O procurador Marcio Schusterschitz da Silva Araújo baseou sua recomendação em reclamações anteriores e diz que a empresa não pode querer impor o prejuízo da sua má prestação de serviços aos consumidores. "O contrato de longa duração só é justo se mantida a qualidade do serviço por todo o período prestado."

A recomendação também pede que a empresa não coloque consumidores inadimplentes a partir do mês de abril no cadastro de restrição de créditos. O documento tem caráter extrajudicial e dá um prazo de dez dias a partir do recebimento para que ambas as partes respondam ao MPF. Conforme o andamento da conversa entre as partes, o MPF pode elaborar um Termo de Ajustamento de Conduta ou uma representação na Justiça. Anatel e Telefônica informaram que ainda não receberam o documento.

O advogado Marcos Rezende, de 38 anos, notou o problema de instabilidade na conexão às 14 horas de ontem. "Demorei mais de uma hora para me conectar e quando consegui, a internet estava muito lenta. O mesmo problema aconteceu com um cliente meu", diz. Ele trabalha em casa, no Jardim França, zona norte da capital paulista, e usa a internet para acompanhar processos e contatar clientes.

O advogado diz que o problema de instabilidade é frequente, mas que ontem foi mais intenso. Ele diz que não pensa em desistir do Speedy por causa da demora no cancelamento da assinatura. "Não tenho tempo para cancelar a assinatura."

1 de julho de 2009

Linha gratuita de trem está abandonada em SP


Estações sem iluminação nem segurança, trechos de trilhos sem muros de proteção e passagens de nível sem cancelas, sinalização ou funcionários. Esta é a situação encontrada no trecho da linha 8-diamante entre as estações Itapevi e Amador Bueno, em Itapevi (Grande SP).

O trecho mais preocupante fica entre as estações Santa Rita e Cimenrita, onde centenas de metros de trilhos não possuem muros. Por isso, é comum pedestres atravessarem a linha em locais inadequados ou caminharem sobre os trilhos. Além disso, nenhum funcionário da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ou segurança foi visto nas duas estações, onde, segundo moradores, não há iluminação.

"Esse trecho da linha está abandonado. Não tem sinalização, funcionários nem luz", conta o vendedor Alan Martins Pereira, 29 anos, que costuma pegar o trem com a filha de 10 anos. Ele diz que o lugar é perigoso à noite. "Fica totalmente escuro e os criminosos aproveitam. Um motorista de ônibus que conheço já foi assaltado sete vezes perto da estação Cimenrita", afirma.

Além dos problemas neste meio de transporte, é lá que se encontram algumas das mais perigosas passagens de nível da Grande São Paulo, conforme mostrou reportagem do Agora publicada anteontem.

Apesar de a média de passageiros na linha 8 ter aumentado de 4,4 passageiros por metro quadrado, em 2007, para 5,4, em 2008, o trecho de Itapevi está praticamente abandonado pela CPTM. Os únicos pontos positivos são a pintura dos vagões --com grafites feitos pelos artistas Os Gêmeos, premiados internacionalmente-- e o fato de não ser cobrada passagem naquele trecho.

Perigo
O autônomo Reginaldo Soares Mendes, 40 anos, diz ter comunicado o fato à Ouvidoria da CPTM, há cerca de duas semanas. "Não resolveram o problema e não me deram nenhuma resposta", relata, indignado. "Minha mulher sai para trabalhar às 4h30 e eu vou com ela até a estação, por causa dos bandidos", afirma.

O segurança Francisco Araújo Bezerra, 44 anos, vê perigo nos trilhos a céu aberto. "As crianças ficam brincando onde os trens passam", conta. "Isso já é perigoso para adultos. Imagine para as crianças", prossegue ele. Na semana passada, o Agoraflagrou crianças empinando pipa sobre os trilhos enquanto um trem se aproximava.

Na estação Amador Bueno, parada final da linha, outra situação perigosa: com sinalização quase ilegível, a passagem de nível não possui cancelas nem funcionários por perto. "Semana passada, um carro quase foi pego pelo trem", conta uma moradora da região. "Esse lugar foi esquecido pela CPTM e pela prefeitura", reclama. Jornal Agora