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29 de outubro de 2009

Banco do Brasil aumenta participação no mercado de previdência privada

O Banco do Brasil (BB) quer aumentar a participação no mercado de previdência. Uma estratégia para isso, segundo a instituição, foi renovar a parceria na comercialização de produtos de previdência privada aberta no Brasil com a empresa estrangeira Principal Financial Group, que é acionista da Brasilprev junto com o BB.

O acordo prevê exclusividade na comercialização dos produtos da Brasilprev Seguros e Previdência, pelo Banco do Brasil, pelo prazo de 23 anos. O acordo anterior de acionistas previa um prazo de 10 anos e venceu ontem (27).

Agora, o acordo prevê que o BB ampliará sua participação na Brasilprev de 49,99% para 74,995% do capital social total. A nova composição acionária também estabelece que a Principal Financial Group terá 25,005% do capital total depois de comprar a fatia de 4% que pertence ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A Brasilprev é a terceira maior companhia de previdência privada do Brasil em ativos.

A previsão é que, em 2022, o mercado de previdência chegue a R$ 1 trilhão em ativos no Brasil. A expectativa do BB é conquistar um terço desse montante. Atualmente, os ativos do setor, no país, são estimados em cerca de R$ 190 bilhões, sendo R$ 25 milhões da Brasilprev.

Segundo o vice-presidente de Cartões e Novos Negócios do BB, Paulo Caffarelli, para os clientes, o benefício dessa mudança será a maior competitividade no mercado. “Produtos bancários são muito semelhantes, o que diferencia é o atendimento, a marca, a qualidade e o preço. Quando há prática de competitividade nesse mercado, a tendência é que o preço possa melhorar porque vai ter mais ofertas, e passamos a ter produtos mais adequados ao nosso cliente”, disse.

Para o banco, uma das vantagens está em conseguir recursos de longo prazo para os investimentos, como afirmou o presidente do BB, Aldemir Bendine. Segundo ele, atualmente se faz necessário uma captação de funding (caixa de investimento) de longo prazo para aplicação em infraestrutura e no crédito imobiliário, por exemplo.

“A estrutura de captação do sistema financeiro brasileiro se dá muito a curto prazo. Se faz captação de curto prazo para fazer aplicação de longo prazo”, explicou Bendine. Ele deu como exemplo o caso em que o banco pega recursos da poupança, da qual o cliente pode sacar o dinheiro a qualquer momento, para emprestar para outro consumidor, por longo prazo, numa operação como o crédito imobiliário.

O banco informou, ainda, que a BB Seguros e a Principal Financial Group têm interesse em futuramente transferir para a Brasilprev as carteiras de previdência privada atualmente comercializadas pela Mapfre Nossa Caixa Vida e Previdência. Essa carteira é de R$ 1,6 bilhão.

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