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21 de outubro de 2009

Jantar de acordo

A aliança em torno da candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), ganhou contornos concretos com o pré-compromisso de parceria em 2010 firmado entre PT e PMDB. Ontem à noite, sob o comando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líderes, ministros e dirigentes das duas legendas se reuniram para um jantar festivo, no Alvorada. "O que mais vale é a fotografia", brincou o presidente da Câmara e presidente licenciado do PMDB, deputado Michel Temer (SP), com um interlocutor. Para Dilma o que mais vale é máquina política do PMDB, que se espalha pelo Brasil, e o tempo de TV do partido. Somados, os dois partidos da aliança conseguirão cerca de sete minutos de programa, sem contar a contribuição dos outros partidos. Estima-se que Dilma terá 50% a mais de tempo de televisão do que o candidato tucano.

Os dois partidos decidiram selar a parceria sem falar em nomes, mas ninguém tem dúvida de que Temer é o mais cotado para vice na chapa do PT. Mas a despeito da foto e da expectativa geral de uma nota conjunta para formalizar a aliança, a oposição não se dá por vencida. "Casamento por procuração pode não dar em nada. O governo está ensaiando comemoração antecipada, mas nós temos muitos amigos no PMDB que estarão conosco em 2010", adverte o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

O pré-compromisso contempla acertos como participação do PMDB na coordenação da campanha. Segundo o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), a ideia é formar, com partidos que apoiam o governo, um grande bloco para elaborar programa de governo. Acordos de convivência nos Estados fazem parte do entendimento, como é o caso do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), que deve disputar o governo na Bahia contra a reeleição do petista Jaques Wagner. Acertos à parte, Guerra está convencido de que uma parcela do PMDB ficará com o candidato tucano ao Planalto.

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