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8 de janeiro de 2010

'Aliados já falam de parcerias com 'presidente Serra'

A menos de três meses do prazo final para o governador José Serra (PSDB) decidir se disputará ou não a Presidência, as manifestações de apoio a sua candidatura têm se tornado cada vez mais frequentes em eventos oficiais do governo estadual. Nos dois últimos dias, a questão eleitoral foi mencionada quatro vezes em cerimônias de inaugurações de obras - em geral, por parlamentares e prefeitos.

Na inauguração de um parque em São Paulo ontem, o deputado estadual Bruno Covas (PSDB), ao exaltar os resultados da parceria entre o governo Serra e a gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM), sugeriu a vitória do tucano na disputa presidencial. "Governador, tenho certeza de que essa parceria vai se dar com o governo federal no ano que vem." Pouco antes, a corrida eleitoral foi mencionada no palanque pelo vereador Gilberto Natalini (PSDB). "Grandes mudanças ocorrerão no Brasil neste ano. E isso está nas nossas mãos", disse.

Anteontem, em visita do governador ao interior do Estado para entrega de uma unidade de saúde em Rio Claro, o prefeito Palmínio Altimari Filho (PMDB) foi direto. "José Serra é um grande expoente na sucessão presidencial", afirmou. Em seguida, "nomeou" o prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, ministro de Serra. "Se isso vier a acontecer, ou seja, a sua vitória, a nossa região vai ser contemplada com um ministro. Torcemos para que nosso companheiro Barjas Negri volte a ocupar espaço no cenário nacional", disse o prefeito. Negri foi titular da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso. Após o discurso do prefeito, Serra comentou: "Hoje vi uma coisa inusitada. O prefeito lançando o Barjas para ministro."

Outra menção a uma eventual vitória de Serra foi do deputado estadual Aldo Demarchi (DEM). "Deus e a vontade da população poderão deixar que o senhor consolide a posição do Brasil no mundo."

Serra, que tem evitado falar de eleição em compromissos do governo, disse ontem que considera "normal" haver manifestações de caráter político-eleitoral em inaugurações. "Isso é normal no Brasil, tradicional", afirmou. "Não tem maior consequência. Nessa altura do campeonato, não tem tanta importância." O governador disse que não incentiva esse tipo de atitude. "É muito difícil chegar para cada pessoa e pedir "olha, não fale". A gente faz isso, mas um ou outro escapa."

Virtual candidato do PSDB ao Planalto, Serra precisa deixar o cargo de governador até o início de abril para disputar a Presidência.

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