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11 de março de 2010

Jarbas atrela definição de candidatura em Pernambuco à de Serra ao Planalto

A confirmação do governador José Serra (SP) de que só deixará o governo em 30 de março para se lançar à disputa pela Presidência, feita ao presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), deflagrou diferentes reações de aliados. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) divulgou nota tornando clara a vinculação de sua candidatura a governador à de Serra. Avisa que vai decidir se concorrerá em Pernambuco só depois que Serra fizer o mesmo, em relação ao Planalto. É uma espécie de satisfação a seus aliados no Estado, que o pressionam a tomar uma decisão.

Jarbas, que governou Pernambuco por duas vezes, tem mais quatro anos de mandato no Senado. Está disposto a concorrer novamente ao governo contra o atual governador, Eduardo Campos (PSB), para montar um palanque eleitoral para Serra. Mas prefeitos e outras lideranças aliadas da oposição no Estado, desmotivados com a falta de uma campanha presidencial, estão desarticulados e sujeitos à atração das forças ligadas ao governo.

Já pensando em tornar suas ações mais efetivas e unificar o procedimento dos aliados, as lideranças do PSDB, do DEM e do PPS na Câmara e no Senado reuniram-se para retomar uma agenda no Congresso. "Estávamos dispersos", disse Guerra. Uma das decisões é de "restabelecer o confronto do cumprimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)", segundo o presidente do PSDB. Grupos devem visitar obras para provar - e denunciar - atrasos e irregularidades. "Vamos desmontar a fraude", disse Guerra.

O PSDB quer pôr fim à pressão para que Serra antecipe o lançamento de sua candidatura, já que a gestão terminará em 20 dias, período no qual o governador quer participar de inaugurações de obras.

"Há tempo. A pré-campanha mesmo só começa em 3 de abril. Serra vai poder resolver problemas pendentes nos Estados e começar efetivamente a organizar os grupos de trabalho e montar as bandeiras do seu governo", diz a senadora Marisa Serrano (PSDM-MS), vice-presidente do partido e envolvida nas articulações dos palanques estaduais. Ela diz que 80% dos casos estão resolvidos, Serra terá palanque nos 27 Estados e o PSDB terá 15 candidatos próprios.

Na reunião de ontem, os partidos determinaram a técnicos a realização de um "levantamento integral" das obras do PAC nos Estados, para verificar as que estão em andamento ou atrasadas. As mais emblemáticas serão visitadas por uma comissão, com a tarefa de fotografar e filmar. O material será divulgado e as supostas irregularidades serão denunciadas da tribuna.

Os três partidos aliados da candidatura tucana à Presidência também pretendem aprofundar a investigação do esquema de desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) para supostamente abastecer campanhas eleitorais do PT.

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