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27 de julho de 2010

Pesquisas da discórdia

Na política brasileira sobram exemplos de que pesquisas não ganham eleição, porém, tiram do sério candidatos e mexem com os ânimos de seus partidários. Por isso, a divulgação dos levantamentos é tratada por marqueteiros como uma guerra de informação e de contrainformação. Quando a pesquisa é favorável, é tratada como verdadeira; quando não é, vira maracutaia. E a polêmica sobre elas pega fogo na campanha.

É mais ou menos o que está acontecendo entre militantes do PT e do PSDB por causa das listas do Vox Populi e do Datafolha divulgadas na semana passada. Os dois partidos, a propósito, têm suas próprias pesquisas diárias (não divulgadas) e critérios mais científicos, portanto, para avaliar eventuais discrepâncias.

Na pesquisa Datafolha para presidente da República divulgada no último sábado, há um empate técnico entre os candidatos José Serra (PSDB), com 37% das intenções de voto, e Dilma Rousseff (PT), com 36%. Marina Silva (PV) aparece com 10 pontos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Com isso, Serra pode ter entre 35% e 39% e Dilma, entre 34% e 38%. Ou seja, tanto um quanto a outra podem estar na frente, com uma diferença de até 5% a 3%, respectivamente.

Olhares

O resultado foi comemorado pelo PSDB, mas nem tanto pelo PT. Afinal, na sexta-feira anterior, a pesquisa do Vox Populi mostrava Dilma com oito pontos de vantagem. Teria 41%, contra 33% de Serra e 8% de Marina Silva. Essa discrepância alimentou polêmicas que deverão se intensificar com a divulgação das próximas pesquisas Sensus e Ibope. Os dois institutos — como no caso do Datafolha e do Vox Populi — também costumam apresentar resultados discrepantes por causa da diferença de metodologia.Correio

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