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29 de agosto de 2010

Juan Manuel Santos dá um chega prá la na Veja

Ex-ministro da Defesa, Juan Manuel Santos assumiu a Presidência da Colômbia em 7 de agosto sob a sombra de Álvaro Uribe, seu padrinho político, que deixou o governo com 75% de aprovação popular. Há três semanas no cargo, Santos conta com a natural boa vontade do público com os recém-empossados e apresenta um índice de aprovação de 84%. Ele adotou um tom conciliador com seus vizinhos bolivarianos e logo depois da posse se encontrou com o venezuelano Hugo Chávez, restabelecendo as relações diplomáticas. Iniciou também conversações com Rafael Correa, presidente do Equador. Santos desembarca em Brasília nesta quarta-feira com a firme intenção de fortalecer suas relações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele falou a VEJA na Casa de Nariño, palácio de despachos e residência oficial do presidente colombiano em Bogotá.

Que tipo de vizinho o Brasil é para a Colômbia?
Para nós interessa muito ter uma relação mais estreita com o Brasil, um país com o qual eu, também pessoalmente, tenho uma relação especial e muito próxima. Minha primeira atuação profissional foi na Organização Internacional do Café. Então, nossos sócios naturais eram os brasileiros, o Itamaraty. Aprendi com os diplomatas brasileiros muito do que sei hoje no que se refere a negociação internacional. Escolhi o Brasil como o primeiro país que visitarei como presidente. Os investimentos brasileiros na Colômbia estão crescendo muito. Temos afinidades e interesses comuns. Além disso, houve o convite especial do presidente Lula, pelo qual fiquei muito grato.

Que tipo de vizinho é a Colômbia para a América Latina?
Nossa região passa por um momento muito especial porque nós temos em abundância recursos que são crescentemente escassos no mundo. Refiro-me a energia, água, capacidade de produzir mais alimentos e biodiversidade. Cada país da América do Sul e da América Latina é por si só muito forte. Mas unidos seremos uma grande potência. Tenho fundadas esperanças no sucesso do processo de integração. Fui um dos “pais da integração” do grupo andino, que, infelizmente, não evoluiu tanto quanto podia.

O partido do presidente Lula, o PT, tem relações documentadas com as Farc. O senhor pretende obter de Lula o repúdio público à guerrilha, nos moldes da declaração feita por seu colega venezuelano Hugo Chávez?
Quando fui ministro da Defesa, minha experiência com o governo do presidente Lula foi muito positiva. Obtive um rechaço categórico às Farc por parte do ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante uma viagem dele à Colômbia. Ele disse que não permitiria que as Farc tivessem nenhum tipo de presença ou influência no Brasil.
O ministro afirmou que os guerrilheiros seriam recebidos a tiros, o que nos causou uma impressão muito boa. Não tenho, portanto, percebido afinidade ou complacência do governo Lula com o terrorismo e estou certo de que, quando nos sentarmos para conversar, essa será a posição do presidente brasileiro.

Documentos encontrados nos computadores de Raúl Reyes (chefe guerrilheiro morto por comandos colombianos em 2008 no lado equatoriano da fronteira) revelam contatos bem amigáveis entre as Farc e alguns integrantes do PT…
Sim, é possível que tenha ocorrido algum contato do PT com as Farc — assim como as Farc tiveram contato com diversos políticos colombianos, inclusive comigo. Tive contato com as Farc durante os processos de paz. O fato de alguns nomes de brasileiros terem aparecido nos computadores das Farc não necessariamente significa que aquelas pessoas sejam cúmplices com grupos fora da lei. Uma coisa é estabelecer contatos, outra é ser cúmplice.

É possível “virar a página” na crise com a Venezuela mesmo sabendo que ainda há guerrilheiros das Farc naquele país?
Nossa intenção com a Venezuela é ter relações boas e duradouras, nas quais nossas diferenças são respeitadas de lado a lado. O presidente Chávez e eu fomos muito francos um com o outro. Eu sei que não vou mudar sua maneira de pensar, e ele sabe que não vai mudar a minha. É um avanço. O que tínhamos era o pior dos mundos. A única coisa ainda pior teria sido uma guerra, o que para mim é impensável. Por isso, estamos fazendo esforços para melhorar as relações sem interferências na soberania de cada país.

Mas isso não altera a realidade de que os terroristas das Farc mantêm bases na Venezuela…
O presidente Chávez afirmou claramente que não vai permitir a presença de grupos à margem da lei em território venezuelano. Espero que isso se cumpra, porque é parte vital para a manutenção de nossas relações em bom nível.

Dá para confiar no presidente Chávez?
Nossa reunião em Santa Marta foi muito franca, muito sincera. Eu já conhecia o presidente Chávez, que é muito… muito… amável pessoalmente. Ele tem o sangue caribenho. Acho que começamos nossa convivência com o pé direito. Era o dia do meu aniversário, e ele chegou brincando com os repórteres: “Venho no dia do aniversário do presidente, que acredito completar 36, 37 anos”. Mais tarde, quando ele me cumprimentava na Quinta de San Pedro Alejandrino, que abrigou a reunião, eu o saudei muito sério e disse: “Presidente, começamos muito mal”. Ele ficou me olhando, surpreso, e disse: “O que aconteceu?”. Eu respondi: “Você falou que parecia que eu estava completando 36, 37 anos, e isso pode me trazer problemas porque minha esposa vai exigir muito mais de mim”. Rimos bastante. Isso quebrou o gelo.

E então…
Então deixei claro a Chávez que não aceito intervenção dele no processo de paz colombiano. Aliás, disse a mesma coisa ao presidente Lula. Chávez respondeu-me que estava totalmente de acordo. Eu então acrescentei que deveria parar de criticar o presidente Uribe (Álvaro Uribe, antecessor de Santos). Sou leal a Uribe e terei de defendê-lo toda vez que alguém o criticar na minha presença. Uribe fez um grande trabalho na Colômbia. Também em relação a isso, obtive a concordância de Chávez.

O senhor concorda com a apropriação que a esquerda sul-americana fez do legado de Simón Bolívar?
Não, de maneira alguma. Bolívar pertence a todos os latino-americanos e a todos os povos libertados, não importa a posição política ou a origem de classe. Não podemos nos esquecer de que Bolívar era uma pessoa que se identificava muito com a aristocracia latino-americana. Não creio que ninguém possa se apropriar de suas ideias, afinal elas pertencem a todos. Não podemos nos esquecer também das limitações derivadas da circunstância histórica em que ele viveu. Bolívar queria reinstalar a monarquia na América. Acredito que o presidente Chávez não deve achar essa ideia válida atualmente. O fato é que ninguém pode se dizer o único herdeiro do legado de Bolívar.

Outro vizinho com quem a Colômbia esteve em pé de guerra foi o Equador, do presidente Rafael Correa. Como vai a diplomacia nessa frente?
Tivemos uma reunião muito boa também com o presidente Correa. Como ele havia solicitado, eu lhe entreguei todo o material que encontramos nos computadores de Raúl Reyes. Muito em breve vamos normalizar totalmente as relações entre nossos países.

A Corte Constitucional suspendeuo acordo que permite às tropas americanas usar bases militares na Colômbia. Isso atrapalha as relações com os EUA?
Acatamos a decisão de nossa Corte, a única atitude possível em uma democracia. Mas ela não prejudica em nada as relações bilaterais entre a Colômbia e os Estados Unidos. A única coisa afetada temporariamente foram os recursos destinados a ampliar uma das setebases. Temos relações muito boas com os Estados Unidos, e elas continuarão assim.

Os Estados Unidos investiram 6 bilhões de dólares no combate ao narcotráfico nos termos do Plano Colômbia. Muda alguma coisa?
Os termos de cooperação entre nosso país e os Estados Unidos permanecem os mesmos, com ou sem a aprovação formal do acordo.

As Farc estão mesmo por trás do atentado a bomba de 12 de agosto, em Bogotá?
O que se descobriu até agora indica a possibilidade de que os autores do atentado sejam das Farc. Mas, a esta altura das investigações, é prematuro responsabilizar alguém.

Sua política de combate às Farc será a mesma empregada por Uribe?
Nossa política contra as Farc, contra o narcotráfico, contra grupos criminosos a serviço do narcotráfico e contra todos os grupos fora da lei continuará sendo de total contundência nos âmbitos militar, policial e jurídico. Não vamos ter complacência, não vamos dar trégua. Temos de continuar com a pressão militar em todas as frentes. O que quero dizer é que a porta do diálogo com as Farc não está trancada e a chave não foi jogada ao mar. Mas precisamos obter do grupo uma demonstração que nos convença definitivamente de que quer um diálogo para chegar à paz. Os colombianos estão cansados de falsos sinais de esperança, que servem apenas para fortalecer a guerrilha e fazê-la ganhar oxigênio. Não vamos repetir a experiência de dar às Farc o benefício da dúvida. Vamos continuar combatendo o narcotráfico, porque ele financia a guerrilha. Esse é um problema de segurança nacional.

O governo de Álvaro Uribe foi muitobem avaliado justamente por causa do combate à guerrilha. É difícil assumir o cargo com a responsabilidade de manter uma política tão ou mais efetiva que a anterior?
Eu fui ministro da Defesa do presidente Uribe e, modéstia à parte, durante o meu ministério é que foram dados os golpes mais contundentes contra as Farc.
Nós continuaremos com eles, não vamos baixar a guarda. Mas é claro que o presidente Uribe nos deixou um grau muito alto de exigência, que vai nos obrigar a realizar ações muito efetivas e a trabalhar duro.

O próximo presidente brasileiro vai passar por uma experiência semelhante à sua, que é a de suceder a um político de enorme popularidade. Qual é o maior desafio para alguém nessa situação?
Eu sou o último pretendente a dar um conselho aos candidatos à Presidência do Brasil. O vital nessas circunstâncias é ter um programa claro de governo, ter noção exata da etapa em que o país está e fazer todo o possível para avançar no rumo certo. Uribe obteve excelentes resultados em sua luta contra o crime, e o país avançou muitíssimo. Isso nos dá a oportunidade de trabalhar com outras prioridades, que são a luta contra a pobreza e a luta contra o desemprego. Já que a questão da insegurança foi, de certa forma, superada, podemos nos dedicar
à parte social. No Brasil, a situação é diferente. Vocês não têm o mesmo problema de segurança que nós tivemos. O presidente Lula teve muito êxito em melhorar os índices de pobreza. Aí, então, o novo governo terá não somente de continuar isso, como também passar às outras prioridades. Cada país tem suas próprias características.

O senhor tem um favorito na eleição brasileira?
Não, não, não (risos). Eu conheço bem José Serra, estive com ele várias vezes, e não conheço a Dilma. Espero conhecê-la quando eu for ao Brasil. Mas quem tem de ter favoritos são vocês, brasileiros.Veja

25 de agosto de 2010

Pesquisas polêmicas

Boas pesquisas são um insumo para a definição de linhas de comunicação que aumentam a percepção dos pontos fortes de uma candidatura e que explicam suas deficiências. As incertas podem fazer que um bom candidato se torne um perdedor.

Pesquisas nas quais não se pode confiar são um problema. Elas atrapalham o raciocínio. É melhor não ter pesquisa nenhuma que tê-las.

Ao contrário de elucidar e ajudar a tomada de decisões, confundem. Quem se baseia nelas, embora ache que faz a coisa certa, costuma meter os pés pelas mãos.

Isso acontece em todas as áreas em que são usadas. Nos estudos de mercado, dá para imaginar o prejuízo que causam? Se uma empresa se baseia em uma pesquisa discutível na hora de fazer um investimento, o custo em que incorre?

Na aplicação das pesquisas na política, temos o mesmo. Ainda mais nas eleições, onde o tempo corre depressa. Não dá para reparar os erros a que elas conduzem.

Pense-se o que seria a formulação de uma estratégia de campanha baseada em pesquisas de qualidade duvidosa. Por mais competente que fosse o candidato, por melhores que fossem suas propostas, uma candidatura mal posicionada não iria a lugar nenhum. Com a comunicação é igual. Boas pesquisas são um insumo para a definição de linhas de comunicação que aumentam a percepção dos pontos fortes de uma candidatura e que explicam suas deficiências. As incertas podem fazer que um bom candidato se torne um perdedor.

E na imprensa? Nela, talvez mais que em qualquer outra área, essas pesquisas são danosas. Ao endossá-las, os veículos ficam em posição delicada.

Neste fim de semana, a Folha de São Paulo divulgou a pesquisa mais recente do Datafolha. Os problemas começaram na manchete, que se utilizava de uma expressão que os bons jornais aposentaram faz tempo: “Dilma dispara...”. “Dispara..”, “afunda...” são exemplos do que não se deve dizer na publicação de pesquisas. São expressões antigas, sensacionalistas.

Compreende-se, no entanto, a dificuldade do responsável pela primeira página. O que dizer de um resultado como aquele, senão que mostraria uma “disparada”? Como explicar que Dilma tivesse crescido 18 pontos em 27 dias, saindo de uma desvantagem para Serra de um ponto, em 23 de julho, para 17 pontos de frente, em 20 de agosto? Que ganhasse 24 milhões de eleitores no período, à taxa de quase um milhão ao dia? Que crescesse nove pontos em uma semana, entre 12 e 20 de agosto, apenas nela conquistando 12,5 milhões de novos eleitores?

O jornal explicou a “disparada” com uma hipótese fantasiosa: Dilma cresceu esses nove pontos pelo “efeito televisão”. Três dias de propaganda eleitoral (nos quais a campanha Dilma teve dois programas e cinco inserções de 30 segundos em horário nobre), nunca teriam esse impacto, por tudo que conhecemos da história política brasileira. Aliás, a própria pesquisa mostrou que Dilma tem mais potencial de crescimento entre quem não vê a propaganda eleitoral. Ou seja: a explicação fornecida pelo jornal não explica a “disparada” e ele não sabe a que atribuí-la. Usou a palavra preparando uma saída honrosa para o instituto, absolvendo-o com ela: foi tudo uma “disparada”.

É impossível explicar a “disparada” pela simples razão que ela não aconteceu. Dilma só deu saltos espetaculares para quem não tinha conseguido perceber que sua candidatura já havia crescido. Ela já estava bem na frente antes de começar a televisão.

Mas as pesquisas problemáticas não são danosas apenas por que ensejam explicações inverossímeis. O pior é que elas podem ajudar a cristalizar preconceitos e estereótipos sobre o país que somos e o eleitorado que temos.

Ao afirmar que houve uma “disparada”, a pesquisa sugere uma volubilidade dos eleitores que só existe para quem acha que 12,5 milhões de pessoas decidiram votar em Dilma de supetão, ao vê-la alguns minutos na televisão. Que não acredita que elas chegaram a essa opção depois de um raciocínio adulto, do qual se pode discordar, mas que se deve respeitar. Que supõe que elas não sabiam o que fazer até aqueles dias e foram tocadas por uma varinha de condão.

Pesquisas controversas são inconvenientes até por isso: ao procurar legitimá-las, a emenda fica pior que o soneto. Mais fácil é admitir que fossem apenas ruins. Marcos Coimbra

20 de agosto de 2010

Serra amarga semana ruim e campanha tucana beira à crise

Três sucessivos resultados desfavoráveis nas pesquisas de intenção de voto foram suficientes para levar a discórdia ao ninho tucano e empurrar a campanha de José Serra para uma crise só comparável à provocada pela escolha de Índio da Costa para a vaga de vice. Faltando um mês e meio para o três de outubro, aliados já omitem a figura de Serra nos programa de rádio e tv nos estados, e criticam a postura do candidato e do comando da campanha.

A divulgação dos resultados de diferentes pesquisas acabou firmando a noção de queda rápida e acentuada do candidato em relação à adversária petista, Dilma Rousseff, embora ainda falte mais de um mês até a eleição. Assim, primeiro foram os 8 pontos do Datafolha, depois, os 11 do Ibope e em seguida os 16 do Vox Populi – a sequência de maus resultados em poucos dias acabou colhendo Serra às vésperas da estréia da propaganda eleitoral.

Para piorar: em estados estratégicos para o tucano, importantes aliados preferiram não incluí-lo em seus programas de estréia, enquanto os aliados de Dilma tiveram atitude oposta. Serra só contou com uma citação rápida no programa de Alckmin, em São Paulo, e teve de se contentar com uma aparição breve de sua imagem em clip da campanha de Anastasia, nas Minas Gerais de Aécio Neves, que tirou o corpo fora: “As eleições terão absoluta lealdade e cooperação. Agora, o voto quem decide é o eleitor” – declarou o ex-governador.

Serra foi ainda afetado por erros estratégicos e de marketing: dosou mal a agressividade contra Dilma e o PT; e forçou uma imagem de homem do povo num programa de tv com recursos demasiado artificiais, como a favela-cenário.

Para fechar a semana, um dos aliados mais problemáticos de Serra, o deputado cassado Roberto Jefferson, do PTB, cujo apoio tem motivado duras cobranças éticas ao tucano, resolveu atirar. Jefferson, um especialista em sobrevivência política - que, no entanto, não escapou do escândalo do mensalão que ele mesmo deflagrou - agora já sente o cheiro da derrota. Em seu blog, escreveu, com a clareza de sempre: “se a oposição não se unir, vai perder, e feio (aliás, nem Cristo venceria...)! E o Serra é o responsável pela nossa dispersão; não o conheço, nunca me reuni com ele, apoiei sua candidatura a pedido do Geraldo Alckmin”.

A dureza da declaração de Jefferson é desproporcional à defesa que Serra tem feito da aliança com o PTB, e leva a deduzir que o que se diz em público não é o mesmo do que se declara em privado.

Roberto Jefferson fez de novo. Ele, que provocou a crise da revelação precipitada do vice, constrangendo o escolhido, Álvaro Dias, e levando o DEM a impor Índio da Costa. Com um aliado desses, Serra nem precisa de adversário.Da Christina Lemos

17 de agosto de 2010

Lula diz que Serra está com dificuldade de discurso para enfrentar seu governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra (PSDB), "está com dificuldade" de achar um discurso para enfrentar seu governo. Em entrevista a rádios do Nordeste, afirmou que a oposição terá que "procurar muitos argumentos para fazer críticas" contra seus oito anos de administração.

"Às vezes, Serra fica tentando dizer coisas na área da saúde. Ele fala, fala, mas essas pessoas esquecem que para se vingar de mim acabaram com a CPMF. Tiraram por pura vingança", afirmou.

Tasso, o coronel babaca

Em entrevista a rádios do Nordeste, nesta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o senador cearense Tasso Jereissati (PSDB), que concorre à reeleição.

Sem citar o nome do tucano, disse que há uma elite no Nordeste que tem "uma vida de nababo" e que quem sai na frente em pesquisa nem sempre ganha eleição.

Pesquisa Datafolha publicada no fim de julho mostra Tasso com ampla vantagem na disputa pelo Senado, com 59% das intenções de voto. Os candidatos de Lula, Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT) estão empatados no segundo lugar com 24% pontos.

Lula disse que fez obras que a "elite brasileira" não teve coragem de fazer e que, por isso, a oposição fica "nervosa".

Citou a Transnordestina e a transposição do rio São Francisco.

"Ele poderia ir lá em vez de falar mal, e ver um canal que ele não teve coragem de fazer. Nunca prometi essas coisas e elas estão sendo feitas. Por isso, nossa oposição fica nervosa. O fato de nosso opositor estar na frente das pesquisas é porque é começo de campanha", disse o presidente, em referência ao senador.

Lula afirmou que quem quiser disputar com ele, precisará percorrer o Brasil. "Só no gogó não dá. Tem que colocar o pé no barro. Esse Brasil não é a Avenida Paulista. Isso eu sei que incomoda. A elite política do Nordeste vive uma vida de nababo sem ter cuidado corretamente de seus Estados", afirmou.

Em um ataque ao antecessor Fernando Henrique Cardoso, Lula disse que ajudou mais os governos do PSDB, citando as gestões tucanos de José Serra e de Geraldo Alckmin, em São Paulo; e de Yeda Crusius, no RS.

"Pergunte ao governo de São Paulo, ao governo do Rio Grande do Sul. Eu desafio. Coloquei muito mais dinheiro nos governos Serra e Alckmin do que o Fernando Henrique Cardoso, porque minha relação não é entre partidos políticos, é de governabilidade e respeito ao povo brasileiro", afirmou.

11 de agosto de 2010

Marina diz ser a síntese dos governos do PSDB e do PT


Segunda entrevistada da série entre os três principais candidatos a presidente do "Jornal Nacional", a senadora Marina Silva (PV) se posicionou como uma síntese dos governos do PSDB e do PT.

O Brasil, segundo Marina, "teve um sociólogo que fez as transformações econômicas, um operário que fez as transformações sociais e eu para fazer as grandes transformações na educação". Marina lembrou sua origem humilde, analfabeta até a juventude que só entrou pela porta da frente na política brasileira por causa "da educação".

Segura, demonstrando controle da situação e com maquiagem discreta (antes da campanha, Marina não usava maquiagem), a candidata do PV disse que, embora represente um pequeno partido, terá mais facilidades para compor maioria no Congresso em seu eventual governo que os adversários Dilma Rousseff, do PT, e José Serra, do PSDB.

"Eles já estão tão comprometidos com as alianças que fizeram, que só poderão fazer mais do mesmo", criticou Marina.

A candidata do PV lembrou que o governo Fernando Henrique Cardoso foi refém, em seus oito anos de mandato, do Democratas (partido que à época ainda se chamava PFL). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por seu turno, destacou Marina, foi refém do PMDB.

"Eu quero governar com a ajuda do PT e PSDB", declarou Marina, repetindo um compromisso que tem sido recorrente na campanha.

Cobrada por sua gestão no Ministério do Meio Ambiente, frequentemente acusada de retardar a concessão de licenças ambientais, Marina disse que enquanto foi ministra a média de concessão de licenças ambientais foi de 265 ao ano, contra uma média de 145 no governo anterior.

O momento mais difícil para a candidata, no decorrer da entrevista, foi quando o apresentador William Bonner, questionou sua atitude durante a crise do mensalão (escândalo da compra de votos, em 2005), quando muitos de seus colegas deixaram o PT, alguns, inclusive, às lágrimas.

Marina disse que não houve "conivência" e nem "silêncio" da parte dela, que preferiu ficar no PT "combatendo por dentro".

Marina disse que tanto dentro do governo como fora os que praticaram irregularidades - "eu não pratiquei" - no mensalão deveriam ser punidos. Só não teve a atenção que esperava do público e da mídia.

"Conheço milhares (de petistas) que não praticaram irregularidades", disse. Na opinião de Marina, "é preciso fechar as torneiras da corrupção enquanto ela está ocorrendo".

3 de agosto de 2010

Debate

O candidato José Serra, pode não apresentar programa de governo. Foi o quedisse nessa 5ª feira passada um dos seus coordenadoresde campanha. Talvez isso explique a série de ataques, agressões eacusações sem fundamento que Serra e seu vice têm adotado. Como não tem alternativa melhor do que o programa do pt e dilma, partem para baixarias afim de fugir do debate. Mas o dia do debate na Band tá chegando serra.

Serra ladeira abaixo

De todos os sumiços anotados pela cúpula da campanha de José Serra, nenhum causa mais espécie que o de Arthur Virgílio (PSDB-AM). O senador, que na tentativa de viabilizar sua reeleição aliou-se ao lulista Alfredo Nascimento (PR), rifou a campanha presidencial tucana no Amazonas.

É nessa hora que podemos ver o quanto demagogo e desprezível são os senadores Artur Virgílio e José Agripino, acrescente a esses, o Tasso Jereissati, o Sérgio Guerra entre outros, que estão tentando enganar o povo, fazendo-se passar por próximo as políticas do governo Lula, quando na verdade, votaram e trabalharam contra os avanços do país, bombardearam e protelaram projetos importantes para o povo. Devem ser banidos da política.

1 de agosto de 2010

A Folha implora para Aécio aderir Serra

Na manchetona da Folha;Propaganda de candidatos aliados ainda não incorporou imagem de Serra

Serra brigou nos bastidores com FHC; abertamente, com Alckmin; atropelou a indicação de Aécio como candidato à Presidência pelo PSDB; bateu de frente com Tasso Jereissati.... Depois disso, alguém acha que os candidatos tem que carregar esse mala sem alça? Brigou no ar com Mirian Leitão, mandou demitir Priolli da TV Cultura. Chamou a Bolivia de narco-traficante, Chaves de ditador e Lugo de pedinte. Um homem como esse na Presidência é um perigo para o Brasil

Linda

"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara muitas vezes"!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!

Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é "muito" pra ser insignificante.